segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pense na Felicidade



A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... Não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos amor, todinho maiúsculo.

Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanto cinema.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E, se a gente tem pouco, é com este pouco que vamos tentar segurar a onda, com humor, fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista, é fazer o possível e aceitar o improvável.

Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.

A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. se a meta está alta demais, reduza-a.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.

Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.



Autor desconhecido

sábado, 3 de julho de 2010

O Patriotismo da bola





Há muito tempo não via as ruas com tantas bandeiras do Brasil. Os carros, ônibus, casas, prédios, empresas e até mesmo as pessoas. As cores da nossa bandeira, que já foram questionadas e definidas como 'berrantes' estão por todos os lados. Ganharam vida e venceram alguns preconceitos.

Eu estudei em uma escola pública, um grupo estadual. Todos os dias hasteávamos a bandeira Nacional, ao som de centenas de crianças cantando o Hino Brasileiro. Ser escolhido para colocar a nossa Bandeira no local mais alto do mastro, era uma grande honra para nós.

Tinha que ser pausado, puxar a cordinha bem devagar, afinal a destreza estava em fazê-lo paralelamente com a cantoria. Eu não me lembro ao certo quantas vezes fui escolhido, mas o fiz pelo menos umas 3 vezes em 4 anos. Fiquei emocionado pela oportunidade que a D. Conceição, a D. Valquíria, a D. Eliane e a D. Sandra, minhas professoras do primeiro ao quarto ano, me deram. Elas me ensinaram o amor incondicional, neste caso, a pátria.

Talvez esta palavra 'incondicional' pareça meio forte ou até mesmo exagerada para alguns, mas para mim soa redundante se usada para caracterizar o amor, pois amar já expressa em sua essência uma entrega sem condições.

As aulas no Grupo Estadual Padre Eustáquio, tinham como objetivo o plantio deste conceito em nós. Amar o país onde nascemos e dar a vida por ele. Esta é a parte mais bonita do amor, dar a vida por alguém! Você já sentiu isso? Um sentimento tão forte e bonito, capaz de transformar a barreira mais intransponível de todas em pó? Mais do que isto, talvez a certeza de que poderia viver todos os dias de sua vida para fazer alguém feliz? Se a resposta é sim, você sabe o que é amar!!

Mas dá para amar a Pátria? Pensamos logo nos políticos corruptos, que deixam milhões morrendo sem o mínimo necessário, por suas causas pessoais. Nos ricos mesquinhos que não dão nem o que lhes sobra. Nos vilões cinematográficos. Pensamos nos jogadores mercenários, que vão à Copa do Mundo para se vender individualmente, esquecendo dos 190 milhões de torcedores.

Eles não são o Brasil meus amigos! Nosso verdadeiro país é feito de pessoas sem teto, sem água, sem comida, sem terra, sem cidadania, sem identidade... classe D e E mesmo. E nem vou entrar no mérito político de algumas facções que, sob a bandeira das mesmas, também advogam em causa própria. Estou falando dos sofridos, dos que deveriam ter o auxílio do governo e que no máximo recebem a solidariedade de 'corações amorosos'.

Amar o Brasil, não é vestir verde e amarelo a cada 4 anos, é viver por ele diariamente. Em outras palavras, viver todos os dias pelos menos favorecidos, por uma comunidade universal e fraterna. Sem peso, sem estresse, sem cobranças, apenas sendo um exemplo vivo de amor por onde passamos já seria bastante.

Simples não? Eu sei que nem tanto... Confundimos muito o gostar com o amar; o nosso, com o meu; o mau, com o quase bom; o outro, com o desconhecido. Amar sem condições é difícil até mesmo em casa, fora então... Por isso a importância de seguir estudando, agindo e orando. Ter fé!!

Segundo a imprensa, o técnico Dunga escolheu jogadores sob a premissa do amor. Atletas que entram em campo representando uma nação, sentido o peso das cores em sua camisa e carregando a esperança de todos os brasileiros; dispostos a dar sua vida em campo para melhor representar seu país, Airton Sennas do Brasil. Conceito para mim mais do que válido e certo, sem discutir se ele conseguiu ou não reunir pessoas assim. Pelo menos na intenção ele teria acertado, na escolha quem sabe...

Hoje ouvi no rádio uma canção que dizia, “Até bem pouco tempo atrás, poderíamos mudar o mundo. Quem roubou nossa coragem?” Talvez ela só esteja na seção de perdidos e achados, aquela mesma onde nós deixamos guardado por 4 anos nossos apetrechos verdes e amarelos; ou quem sabe aquela outra onde estamos guardando há anos, o amor incondicional...

Beijos,

Paulo Tadeu de Resende