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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Estás ciente?


Diz-se que quanto mais a ciência aumenta mais Deus diminui. Quanto mais as descobertas científicas da humanidade se ampliam menor é responsabilidade de Deus nos eventos cósmicos.

Bem, eu gosto disso. Gosto de pensar que Deus não é o responsável pelo trovão e raios que cortam os céus e assustam as pessoas como demonstração de poder. Gosto de conceber um Deus que seja maior e mais ocupado com a eternidade do que um deus que seja responsável por cuidar da colheita mediante as oferendas que eu possa dispor.

É pelo “Hálito de Deus” que se desvelam as coisas que para além do entendimento e compreensão (vistos na abordagem do Entendimento) o ser humano é capaz de buscar a essência de Deus.

A Ciência nos traz a visão da profundidade da Criação. Uma Criação assimétrica já constatada pelos estudos da física e da cosmologia, mas de uma assimetria que lhe confere uma imperfeição responsável pela possibilidade da existência da vida na face de nosso planeta azul.

A Ciência como fonte de conhecimento para solução de muitas de nossas dúvidas, ainda não respondeu muitas outras que estão no íntimo do ser humano. Por exemplo: Qual é o sentido da vida?

É possível que nossas respostas para perguntas como esta não sejam possíveis através do estudo científico. Contudo, é importante entender que o dom da Ciência vai para além dos estudos desta natureza.

Ter ciência é mais que dominar os princípios científicos. Isso é importante, claro; porém a ciência diz respeito à possibilidade de nos entendermos dentro do contexto do universo.

A busca pela ciência não é a busca pelas descobertas da composição elementar do Cosmos ou a descoberta de vida noutros locais do Universo ou mesmo qual é a cura do câncer ou Aids. A Ciência busca resposta sobre o que é essencial e fundamental na vida.

A busca dos seres humanos tem sido maior do que entender o que está por fora dele ou do que ele é composto. A busca é de entender o porque se existe e qual é seu destino.

Não tenho respostas; tenho pistas. Não as criei, mas as experimento. E a experiência tem mostrado que a busca pelo Amor tem tido maior sucesso que as demais buscas que empreendo.

Chamo de sucesso não apenas o alcance de resultados pessoais, mas a dilatação e propagação de melhores resultados para o que existe no entorno.

Um ser Ciente de si é aquele que sabe qual é sua finalidade naquele momento. Ter ciência é entender seu papel em cada etapa e setor de nossas vidas. A Ciência nos remete à essência, prioriza a visão do íntimo e dá sentido à existência.

Sermos cientes é sermos constantemente questionadores de nossos papeis e inquietos para a realização de nossa essência. Que penso que seja Amar.

Essa é mais uma provocação.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Hálito de Deus


Em Gênesis lemos que no processo de Criação Deus elabora todas as coisas existentes e por fim faz o homem do barro e sopra sobre ele para lhe dar a vida. É comum pensarmos neste ato como um evento mágico em que um artesão constrói sua obra e, quando ele a percebe acabada, liga um botão que a faz funcionar.

Quero provocar você para pensar comigo num outro viés, menos mágico, menos alegórico, portanto mais prático.

O sopro de Deus, a projeção do seu hálito é o que vida ao corpo inanimado, à sua obra finalizada, porém inerte e sem o elemento que vem de “dentro” do Criador. O corpo, como na alegoria usada pelo autor do primeiro livro da Bíblia, é parte de uma obra maior, é um item de muitos que são colocados na Criação. Porém, só depois que o Obreiro retira algo interior seu, algo que lhe é íntimo é que a obra está completa e tem VIDA. É seu sopro, seu hálito, sua vida. Vida divina, oriunda de parte Dele. E é isso que anima o corpo, ou seja, que lhe dá “Anima” (mesmo que alma) e que faz a Criação SER.

Bem, está reflexão inicial é para chegarmos ao sopro... à alma... ao Espírito (mesmo que sopro) de Deus. Vejamos, é o Espírito que dá a Vida, que anima o homem (ser humano) e que faz dele o final da Criação.

O Espírito (Santo) é a essência de Deus, seu íntimo... É Deus! E é somente através Dele que se faz a vida, fora Dele a vida é “de barro”, inanimada, artificial.

Na presença do Espírito Santo é que inicia a criação. Espírito este que fica deixado de lado no momento em que concorre com o pecado (ausência de Deus – ausência do Espírito).

No percurso da história bíblica, seja no Antigo Testamento ou no Novo Testamento, a presença Dele se manifesta em diversas formas, porém duas em especial me chamam a atenção. A primeira é no batismo de Jesus de Nazaré por João, o Batista. Neste momento Deus se manifesta, Deus fala (sopra com som) e reconhece Jesus publicamente como seu Filho e o Espírito aparece em forma de pomba.

A outra é no momento que os apóstolos estão repletos de medo, trancados e escondidos da perseguição dos fariseus, após a morte de Jesus e o Espírito se manifesta em forma de línguas de fogo e os devolve a Vida (de verdade). Até aquele momento eles estavam inertes, confusos e acabrunhados. É na presença do Espírito que a Coragem aparece. É na presença do Espírito que somos capazes de nos reconhecermos “mais” vivos e prontos para melhorar a Vida dos outros. Darmos mais VIDA ao mundo, melhor dizendo, dar um melhor significado para as pseudo vidas que temos.

Celebramos a festa de Pentecostes, alertei para isso e quis dividir com você. Penso ainda nos dons do Espírito, mas essa é outra conversa.

Continuo a provocação... Pense nisto: Como está a Vida? Cheia ou vazia? Com ou sem Alma? Estamos no “Hálito de Deus”?

Elimar Melo

segunda-feira, 1 de março de 2010

A imagem de Deus

Nessas duas últimas semanas eu li um livro muito interessante: No livro um homem cheio de remorsos, amargura e carregando no coração uma grande perda, recebe um convite de Deus para passarem um final de semana juntos em uma Cabana. O livro é “A Cabana” de Willian P. Young, um livro profundo, que aborda vários temas interessantíssimos e que demandariam vários artigos como esse. Mas gostaria de me concentrar hoje em um tema que achei particularmente interessante. Como Deus se apresentaria a nós se pudéssemos passar um final de semana com ele?

Não vou adiantar como Deus se apresentou no livro (se quiserem leiam, irão adorar), mas tente imaginar como ele poderia se apresentar a nós em um encontro.

Minha primeira imagem de Deus, ainda na infância, era de um homem idoso, saudável, altivo, sábio, branco, alto de barbas fartas... Era o Papai do Céu sentado em seu trono de nuvens e olhando por todos nós.

Em minha adolescência esse velho Senhor passou a ter momentos de ira, castigando e punindo os que não seguiam a sua lei, espalhando as pestes descritas na bíblia e mandando os maus para o inferno.

Já adulto, passei a vê-Lo como uma luz onipresente, um ponto de energia e sabedoria infinitas.

A verdade é que todas essas imagens que tive (e tenho) de Deus são estereótipos implantados por nossa cultura. A verdade é que não tenho a menor idéia de como seria Deus se eu pudesse olhá-Lo. O melhor de tudo é que descobri que não importa como ele seria visto ... o que realmente importa é como o sentimos e o expressamos.

Deus pode ser visto e sentido em todas as coisas, basta olharmos da maneira certa. Podemos vê-lo em belas coisas como o vôo dos pássaros, o céu azul, a imensidão do oceano, o pôr do sol, na música, no sorriso ... em cada pequena coisa do dia a dia.

É difícil enxergá-Lo em momentos de desespero, de agonia. Parece-nos que justamente nas horas em que mais precisamos Dele, Ele desaparece. Mas também podemos vê-Lo em momentos de dificuldade, quando tudo parece perdido e abre-se aquela fresta de luz ... uma saída.

A verdade é que Deus se apresenta de inúmeras formas, a cada segundo de nossa vida, mas insistimos em não olhá-Lo de frente, em não aceitarmos a sua presença.

Meus amigos, a verdade é que quando olho para trás, vejo que estive várias vezes frente a frente com Ele, vejo que Ele se manifestou das diversas e mais variadas formas. Ele se manifestou na mão de minha mãe que acariciava meu rosto, nas palavras sensatas de meu pai mostrando-me o valor do caráter e da ética, no diagnóstico perspicaz de um médico, na atenção do motorista que evitou que eu fosse atropelado, no sorriso e no olhar sincero de minha esposa, no abraço gostoso de meus irmãos.

Deus é presença constante em nossas vidas, não cabe em nossos conceitos e muito menos em nossos estereótipos. A capacidade de ver Deus consiste unicamente na capacidade de amar e expressar esse amor. Quando amamos de verdade, estamos olhando nos olhos de Deus!

Mozart Lima