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sexta-feira, 9 de março de 2012

Qual é o seu Isaque?


Meus queridos, a Quaresma nos convida a refletir.
Assim como fez Jesus, ao se isolar no deserto por 40 dias para pensar no que estava por vir e orar a Deus pedindo coragem para prosseguir em sua tarefa, nós Cristãos temos neste período do ano Litúrgico, um momento para reavaliarmos o rumo de nossas vidas e a forma como nos entregamos à nossa missão de vida.
Este último final de semana foi bem tumultuado para mim. Evento na escola das crianças, festa para celebrar o aniversário de uma coleguinha do meu filho, almoço com os pais de uma coleguinha da minha filha, e por aí vai... Eu cheguei a titubear sobre ir ou não à Missa das 19:30, mas com certo esforço consegui vencer a preguiça e caminhei. O presente foi a bela reflexão do Padre Manoel sobre a aliança de Deus com Abraão. Uma leitura rica que me inspirou a escrever algumas linhas.
Já não me lembrava da história e confesso ter ficado preso em conjecturas, tentando entender porque Deus pediria a Abraão que sacrificasse seu filho. Qual seria a lógica Divina em operar o milagre de que um casal estéril e já velho consiga gerar um filho, para depois pedir a este pai que o mate?
Fiquei imaginando a angústia de Abraão caminhando horas ao lado daquela criança amada. Vocês conseguem imaginar o turbilhão na cabeça daquele pai? E o Isaque então, como qualquer criança, deve ter subido a montanha perguntado: _ Papai, já está chegando? Quanto tempo falta para chegar lá em cima? E onde está o cervo que vamos matar para comer? Eu estou com fome!
O coração de Abraão devia estar aceleradíssimo. Os olhos, segurando as lágrimas para não deixar seu filho preocupado. É bem provável que ele teve dúvida se deveria ou não atender o pedido de Deus; e se o Deus que ele acreditava era realmente bom. Mas o fato é que, se Abraão teve mesmo dúvidas e vários outros sentimentos naquele momento, ele não fraquejou! Só não matou Isaque porque no momento em que levantou a faca, um Anjo apareceu e não permitiu que o ato se consumasse.
Ao reler esta passagem, muitas dúvidas e perguntas pipocaram na minha cabeça. Porque Deus, que sabe tudo o que passa em nossos corações, precisaria provar Abraão? Porque Ele daria um filho amado a alguém e depois lhe pediria algo tão cruel como isso?
Bom, eu não sei se o Padre Manoel é telepata, mas o fato é que eu mal terminara de compor estes pensamentos quando ele começou a explicar.
Deus deu a Abraão o que ele mais desejava e muito provavelmente, como acontece com qualquer um de nós, ao conseguir algo que desejamos muito, passamos a só ter olhos para aquilo. Não é verdade? Quando éramos crianças e ‘Papai Noel’ nos dava o que havíamos pedido na cartinha, passávamos dias brincando incansavelmente com aquele presente. Nossas mães nos chamavam para comer, tomar banho, escovar os dentes e respondíamos: _ Já vou!
Dependendo do brinquedo, a gente até dormia com ele no cantinho da cama, lembram?
Hoje, já adultos, continuamos agindo de forma bem similar. Seja por um emprego que paga um salário melhor, o dinheiro que juntamos para uma casa maior, trocar o carro, uma viagem de férias ou até mesmo um iqualquer, pod, pad, Mac ou phone.
Isto se chama “apego” e pode ser a qualquer coisa, inclusive a vida da Terra.
Deus, em sua infinita sabedoria, deve ter visto Abraão apegado a Isaque e meio esquecido da sua verdadeira missão. Como qualquer Pai amoroso, lhe deu um ‘puxão de orelhas’ para lembrar onde o foco dele deveria permanecer. Exatamente como nossos pais faziam conosco ou fazemos hoje com os nossos filhos, quando por exemplo se distraem com alguma coisa e param de fazer suas tarefas. Um... ‘volta para o caminho’!
Meus amigos, todos nós vivemos apegados a diferentes ‘Isaques’ e a Quaresma nos provoca uma auto reflexão. Sendo assim, a Igreja nos alerta para estarmos focados na missão que Deus nos confiou e da mesma forma que Abraão, desapegarmos de tudo que pode estar nos afastando da mesma.
Grande abraço,
Paulo Tadeu de Resende

domingo, 7 de agosto de 2011

Sê forte e siga


A primeira questão que me ocorre ao pensar em fortaleza é o aspecto intransponível de uma construção sólida e imponente que tem como finalidade defender uma região.

Esta é a primeira questão e a principal para a reflexão que sugiro para este dom do Espírito.

Sigam o seguinte raciocínio... Lembremos das fortalezas medievais. Onde estão instaladas as fortalezas ou onde elas devem ser colocadas? Normalmente, em regiões estratégica para proteger regiões mais frágeis e evitar a ação do inimigo. A lógica do dom da Fortaleza é a mesma.

Para proteção das investidas dos inimigos devemos nos revestir da Fortaleza do Espírito de Deus. Os inimigos são os pecados, aqueles e aquilo que nos afastam do Hálito de Deus.

Para comportarmos como fortalezas são necessários cuidados importantes e uma atenção especial com os aspectos voltados para defesa. Como as fortalezas medievais, já citadas, seu principal objetivo não estava na conquista, expansão ou crescimento. Mas, na garantia de não perder o terreno.

Assim, o dom da fortaleza é a garantia de que o Espírito de Deus nos reforça para que os propósitos do Carpinteiro de Nazaré permaneçam plenos em nosso cotidiano.

A Fortaleza está na firmeza dos propósitos individuais o que serve de exemplo para as comunidades e torna-se referência de certeza, persistência e fé.

A fidelidade aos princípios e valores básicos da proposta cristã só pode ser mantida se os integrantes das comunidades perpetuam a celebração do legado do Nazareno, através dos Sacramentos e, principalmente, através do cumprimento do maior dos mandamentos; o exercício do Amor.

O desafio não é apenas ser forte. Este já é grande o suficiente para um indivíduo. O maior desafio é ser abrigo do Hálito de Deus e proporcionar a “construção” de fortalezas. As quais eu só acredito que sejam possíveis se forem produto das comunidades cristãs.

Assim como todos os dons do Espírito, a Fortaleza tem sentido se colocada em ação em favor do próximo. Abrigar o dom da Fortaleza para si não cumpre o objetivo do dom. Os dons que recebemos devem ser ferramentas para nos aproximarmos dos outros e tornarmos a existências deles mais significativas e felizes.

O apelo individual é: Sê forte... O apelo coletivo é: Construamos Fortalezas de Fé.

Elimar Melo

sábado, 3 de julho de 2010

O Patriotismo da bola





Há muito tempo não via as ruas com tantas bandeiras do Brasil. Os carros, ônibus, casas, prédios, empresas e até mesmo as pessoas. As cores da nossa bandeira, que já foram questionadas e definidas como 'berrantes' estão por todos os lados. Ganharam vida e venceram alguns preconceitos.

Eu estudei em uma escola pública, um grupo estadual. Todos os dias hasteávamos a bandeira Nacional, ao som de centenas de crianças cantando o Hino Brasileiro. Ser escolhido para colocar a nossa Bandeira no local mais alto do mastro, era uma grande honra para nós.

Tinha que ser pausado, puxar a cordinha bem devagar, afinal a destreza estava em fazê-lo paralelamente com a cantoria. Eu não me lembro ao certo quantas vezes fui escolhido, mas o fiz pelo menos umas 3 vezes em 4 anos. Fiquei emocionado pela oportunidade que a D. Conceição, a D. Valquíria, a D. Eliane e a D. Sandra, minhas professoras do primeiro ao quarto ano, me deram. Elas me ensinaram o amor incondicional, neste caso, a pátria.

Talvez esta palavra 'incondicional' pareça meio forte ou até mesmo exagerada para alguns, mas para mim soa redundante se usada para caracterizar o amor, pois amar já expressa em sua essência uma entrega sem condições.

As aulas no Grupo Estadual Padre Eustáquio, tinham como objetivo o plantio deste conceito em nós. Amar o país onde nascemos e dar a vida por ele. Esta é a parte mais bonita do amor, dar a vida por alguém! Você já sentiu isso? Um sentimento tão forte e bonito, capaz de transformar a barreira mais intransponível de todas em pó? Mais do que isto, talvez a certeza de que poderia viver todos os dias de sua vida para fazer alguém feliz? Se a resposta é sim, você sabe o que é amar!!

Mas dá para amar a Pátria? Pensamos logo nos políticos corruptos, que deixam milhões morrendo sem o mínimo necessário, por suas causas pessoais. Nos ricos mesquinhos que não dão nem o que lhes sobra. Nos vilões cinematográficos. Pensamos nos jogadores mercenários, que vão à Copa do Mundo para se vender individualmente, esquecendo dos 190 milhões de torcedores.

Eles não são o Brasil meus amigos! Nosso verdadeiro país é feito de pessoas sem teto, sem água, sem comida, sem terra, sem cidadania, sem identidade... classe D e E mesmo. E nem vou entrar no mérito político de algumas facções que, sob a bandeira das mesmas, também advogam em causa própria. Estou falando dos sofridos, dos que deveriam ter o auxílio do governo e que no máximo recebem a solidariedade de 'corações amorosos'.

Amar o Brasil, não é vestir verde e amarelo a cada 4 anos, é viver por ele diariamente. Em outras palavras, viver todos os dias pelos menos favorecidos, por uma comunidade universal e fraterna. Sem peso, sem estresse, sem cobranças, apenas sendo um exemplo vivo de amor por onde passamos já seria bastante.

Simples não? Eu sei que nem tanto... Confundimos muito o gostar com o amar; o nosso, com o meu; o mau, com o quase bom; o outro, com o desconhecido. Amar sem condições é difícil até mesmo em casa, fora então... Por isso a importância de seguir estudando, agindo e orando. Ter fé!!

Segundo a imprensa, o técnico Dunga escolheu jogadores sob a premissa do amor. Atletas que entram em campo representando uma nação, sentido o peso das cores em sua camisa e carregando a esperança de todos os brasileiros; dispostos a dar sua vida em campo para melhor representar seu país, Airton Sennas do Brasil. Conceito para mim mais do que válido e certo, sem discutir se ele conseguiu ou não reunir pessoas assim. Pelo menos na intenção ele teria acertado, na escolha quem sabe...

Hoje ouvi no rádio uma canção que dizia, “Até bem pouco tempo atrás, poderíamos mudar o mundo. Quem roubou nossa coragem?” Talvez ela só esteja na seção de perdidos e achados, aquela mesma onde nós deixamos guardado por 4 anos nossos apetrechos verdes e amarelos; ou quem sabe aquela outra onde estamos guardando há anos, o amor incondicional...

Beijos,

Paulo Tadeu de Resende


segunda-feira, 8 de março de 2010

FÉ – ESTUDO, ORAÇÃO, AÇÃO

Caros amigos prodianos, recebi com muita alegria o convite da Carla para escrever para o blog. Confesso que fiquei apreensiva pois falar, escrever, tudo bem, postar no blog... ufa!!

De computador sei somente o elementar. Mas tive quem me socorresse.

Então vamos ao que interessa..fazer uma retrospectiva do tripé da FÉ . Vcs se lembram??....como esquecer uns palestrantes malucos que aos chutes derrubavam aquele tripé lá da sala de palestra para ilustrar o sustento da nossa FÉ...da velha frase a FÉ sem obras é vã...???

Me ocorre hoje falar um pouco ou melhor escrever da fé do cotidiano, do dia a dia, do ser convidado a ser apóstolo no ambiente de trabalho, na família, enfim na vida...diária. Alguns de vcs devem se lembrar que trabalho como técnica de enfermagem na rede publica de BH e BETIM. Bom, em um desses empregos tenho uma tarefa árdua com meus pacientes de estar repetindo com freqüência umas coisas básicas para a melhora e consequente cura de suas lesões graves proveniente de uma diabetes (bem isso rende um outro papo) mas ao ilustrar isso me ocorre lembrar da nossa oração de São Francisco: ONDE HOUVER DÚVIDA QUE EU LEVE A FÉ.

Eu e minha equipe temos uma batalha com nossos pacientes para que eles executem uma série de cuidados com seus PÉS... suas PERNAS. Fico pensando nos mandamentos que Jesus nos deixou... nas suas recomendações de atitudes e gestos.... e como hoje se aplica tão simples na nossa vida....


O quanto que para nós, digo minha equipe de trabalho é simples dizer uma série de cuidados a ser executado pelos nossos pacientes para eles se cuidarem e curarem.
Mas a velha teimosia... aquela parábola “UM SEMEADOR SAIU A SEMEAR....

No nosso dia a dia temos esses tipos de pacientes uns ouvem só ouvem. Uns fazem um pouquinho, outros fazem tudo certo. Me veio no pensamento comentar com vcs essas coisas e fazer um paradoxo da vida cristã com o dia a dia...acredito que podemos colocar como obras pequenas ações de orientação de carinho esse falar insistentemente a mesma coisa sempre.


Assim como Jesus fazia com seus apóstolos.... seus escolhidos...para ir.......e pregar o evangelho....

Fazer do trabalho diário uma missão apostólica é um desafio...mas tem lá suas recompensas. A questão da FÉ do MILAGRE... não é tão distante assim, não é abstrato.. pois pequenos milagres acontecem na nossa vida a cada dia., muitas vezes não prestamos atenção. O que para nós é claro, tranquilo, para outros é duvidoso, temeroso... cheio de senão..

Enfim, sinto que hoje minha vida é mesmo um milagre, recebi um Dom maravilhoso do ESPÍRITO SANTO de ser instrumento de paz....convido vcs a fazerem do trabalho um instrumento de evangelização... pois, hoje somos maduros para entender e ajudar outras pessoas a descobrirem sua FÉ seu motivo de viver e serem felizes, podemos nos orgulhar de uma juventude saudável de um tempo feliz e quão enriquecedor na nossa vida...um abraço prodiano... a cada um de vcs...fiquem com DEUS numa imensa paz de CRISTO.

Jacque Pontes