sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Eterna Fuga ou a Eterna Busca?












Já tem um certo tempo que não escrevo para o nosso blog. Pensei em dizer o porque aqui, mas honestamente, não consegui achar a razão real. Acho que simplesmente me desconectei por um tempo.

Bom, independente da razão do vôo, aqui estou, tentando por os pés no chão e continuar a caminhada.


Muitas coisas aconteceram desde o último texto e muitos textos foram iniciados sem jamais receberem minha atenção outra vez. Não sei nem onde foram parar...


Hoje, eu resolvi voltar e falar um pouco da vida. A maturidade, pelo menos a cronológica, me leva a analisar com certa freqüência alguns dos meus movimentos e dos que me rodeiam.


Conversando com pessoas de religiões diversas e até com os descrentes, pelo menos um ponto é sempre comum, o sentido da vida.


O que estamos fazendo aqui; para onde vou; existe vida após a morte? E várias outras questões.


O baixíssimo (quase nulo) índice de crimes na Índia está diretamente relacionado com a religião. O altíssimo índice de assassinatos e atentados terroristas, também está diretamente relacionado com a religião.


Os dois acreditam na vida pós morte e cometem atos de preservar ou tirar a vida, do outro e deles próprios, na esperança do que terão na vida eterna.


Eu já aprendi há muito tempo que crenças e culturas devem ser respeitadas, e não questionadas. Afinal, dentro da minha, eu não consigo encontrar respostas ou justificativas ao menos, que sosseguem a minha alma e que justifiquem tirar a vida do outro. Porém, uma das coisas em comum nestes extremos me levou a escrever este artigo, eles vivem plenamente o seu propósito!


Sempre escutei que cada um de nós tem uma missão aqui na terra. Na Igreja Católica, acreditamos que ela é a mesma que Deus deu a Jesus, pregar o Amor! E por incrível que possa parecer para alguns, acho que todas as pessoas vivem pelo amor. Vou exemplificar. O sujeito que trafega no acostamento quando o trânsito está parado, faz isso por amor. O que cria leis para satisfazer os objetivos de seu clã, também. O que enche o corpo de explosivos e vai até uma praça cheia de pessoas e se explode, o fez por amor. O que vive a vida inteira trabalhando como um louco para enriquecer; o que rouba, o que engana, o que mata, todos eles fazem isto por amor! Tudo bem, você nomeia estes atos como egoísmo, narcisismo, etc. (Eu também)!


O amor é a mola impulsionadora do mundo meus caros!!! Amar é fácil, principalmente quando estamos amando somente a nós mesmos, aos nossos desejos e no máximo, alguns poucos que por alguma razão política, emocional, social, familiar, estão próximos a nós.


Bom, aí eu vejo a distorção do plano de Deus. Jesus nos ensinou que também é possível amar o próximo, mesmo quando ele for um fora da lei, um mal educado, um covarde, um egoísta, etc.


Mas como isto é difícil não? Como amar o sacana que te assola incansavelmente? Como Jesus conseguia olhar para os soldados que o esmurravam impiedosamente e não ter vontade de dar-lhes uma bela bifa? De mostrar-lhes quem era quem? Tenho buscado esta resposta há muito tempo e sempre chego no mesmo lugar. Jesus sabia que aquela pessoa tinha tomado o caminho errado, ou simplesmente não tinha coragem de largar o porrete e se contrapor às ordens que recebeu, ao seu chefe que lhe ordenou a surra. Jesus apenas teve pena deles e conseguiu amar a pobreza de espírito daquelas pessoas.


Esta é a prova para mim de que somos completamente livres para escolher nosso caminho aqui na terra, e que Deus é pai e mãe de todos nós. Capaz de nos olhar com amor até no momento em que somos sua antítese!


No exército aprendi que ‘Missão dada, é missão cumprida!’ Então temos que Amar as pessoas como somos capazes de nos amar. De cuidar do outro como cuidamos de nós mesmos, e de ser exemplo desta mensagem de amor Divino, diariamente, incansavelmente!


Podemos fugir todos os dias disto e continuar amando somente quem e o que nós escolhemos. Por isso talvez, a ignorância, a falta de discernimento seja tão cômoda.


O Prodes nos ensinou a ver, julgar e agir, desde então, por mais que eu fuja, acabo cruzando de novo com a minha consciência. Por mais que até queira me afastar das minhas responsabilidades Cristãs, em algum momento ela ‘cai no meu colo’ outra vez. Acredito que assim também acontece com vocês.


Não me lembro como começou a conversa com o Elimar sobre uma candidatura política. Me lembro sim de que o propósito já nasceu claro, viver nossa missão de amar e servir.


Talvez estejamos errados mais uma vez, talvez seja só mais uma cabeçada, um dos tantos devaneios que já tivemos..., mas depois que decidimos o caminho da eterna busca e não o da eterna fuga, a noite se fez dia e o caminho já percorrido desapareceu diante de nós deixando apenas uma opção, seguir em frente!!


Que Deus nos ajude!!


Beijos,


Paulo Tadeu

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