“Quando o Mozart pediu que escrevesse o artigo para o blog desta semana tentei sair fora, pensei em inventar uma desculpa, mas sinceramente, vi que não haveria como escapar. Com todo aquele modo cortês, ele convenceu-me com o argumento que eu era uma das últimas do grupo que ainda não havia participado...... Não tive como esquivar, mas já vou avisando: Nunca fui boa em redação.... Entendo-me melhor com os números! Respondi a ele que deixaria meu coração me guiar. Então vamos lá....
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Gentileza
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Vamos a Missa?
Sou Católico por opção e convicção! Nasci em uma família Católica. Freqüentávamos a missa religiosamente (desculpem o trocadilho). Todos os domingos minha mãe já acordava atarantada porque tinha que arrumar os três filhos para ir a Igreja. A diferença de idade entre nós é de pouco mais de dois anos. Nós ainda crianças, sempre queixávamos por não querer trocar a televisão e as brincadeiras, pelo “monólogo” dominical.
As reclamações vinham acompanhadas de outros problemas. A paróquia ficava a dois quarteirões de nossa casa e como o número de filhos era impar, apenas um dos três seria o felizardo capaz de dar as mãos ao Papai e a Mamãe. Os outros dois ficavam inconsolados na ida e para piorar a situação, o que empacava mais ganhava a promessa de voltar na melhor posição, portanto alguém sempre sobrava.
Além disto, ficar uma hora sentado, sem falar e remexer, não era uma tarefa aprazível. No final da missa nós já estávamos indóceis e invariavelmente, com marcas de alguns beliscões.
Acho que por causa do exposto, as lembranças desta época são ralas.
Das poucas memórias que tenho, uma delas é ainda bastante palpável. Quando a missa terminava, meu pai sempre parava em frente do túmulo de Padre Eustáquio, coloca a mão sobre os olhos e ficava em silêncio, sem falar nada. Às vezes, ao descobrir o rosto, eu notava que os olhos estavam vermelhos e marejados. Um dia, eu curioso, perguntei o que ele ficava fazendo ali e ele me respondeu que estava rezando. Acho que perguntei se ele rezava o Pai Nosso, mas a resposta foi sobre pedir ao Padre Eustáquio que rogasse por nós, pela mamãe e pela nossa família.
Entendia que rezar era o mesmo que pedir e então fiquei imaginando duas coisas que eu gostaria que acontecesse comigo. A partir daquele momento quando meu pai parava naquele mausoléu, ao invés de ficar contando as flores ou relendo os dizeres na lápide, eu passei a pedir ao Beato que me deixasse viver pelo menos 200 anos e que me ajudasse a encontrar o amor da minha vida, para construir uma família como a do meu pai.
Bom, hoje eu tenho 42 anos de idade, uns 35/36 anos distante daquele garoto... Sou casado com uma mulher que amei desde a primeira vez que a vi e temos três filhos bem normais, mas ainda estou a uns 160 anos de receber a outra dádiva...
Não quero forçar a barra com o Padre Eustáquio, mas quero ter saúde para também educar os meus filhos dentro da religião.
Hoje sei o quanto foi importante na minha vida ter tido o exemplo espiritual de meus pais. A busca pelo equilíbrio é eterna, os apelos são muitos e por isso agradeço a “bússola” que eles me deram. Ela está sempre me mostrando onde fica o norte, mas a opção de me orientar é só minha. Confesso a vocês que muitas vezes tomei outras direções, pela razão que vocês consigam imaginar, mas o preço de não ser alienado é a responsabilidade de fazer o que é certo e assim, acabo sempre me norteando outra vez. Alguns chamam isto de valores!
Hoje estou no papel dos meus pais. Tento levar meus filhos a missa todos os domingos, mas não consigo fazê-lo com assiduidade. O trabalho me exige alguns finais de semana e em outros, tenho que conciliar com algumas atividades pagãs. Acho que eles são tão inquietos quanto eu era. Ajoelham quando estamos sentados, sentam quando estamos de pé e por aí vai. Descobriram que o genuflexório é mais macio para ajoelhar e ficam disputando entre eles quem chega lá primeiro...
Sem dúvida sou mais flexível do que meus pais foram comigo, apesar das ranhetagens genéticas; o suficiente para propor uma troca com o Padre Eustáquio. Não preciso viver os 200 anos que pedi, posso viver menos desde que seja o suficiente para formar meus filhos como bons Cristãos.
Paulo Tadeu
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Encontros Prodes 2010
Estou muito contente com a decisão da equipe de realizar encontros, com os internos da Fazenda Recanto de Caná. A primeira experiência teve resultados muito positivos, com a alegria e aprovação de todos os internos que participaram. Como na Fazenda há um revezamento contínuo de pessoal, sempre vamos ter gente nova precisando de uma parada e de um reabastecimento espiritual. Sempre desejei este tipo de encontros de fim de semana para o nosso pessoal. E espero muito do trabalho do Grupo.
Mas, falando sinceramente, o que mais me alegra é ver que esta equipe acordou, para um trabalho eficaz de pastoral na Igreja. Falamos tanto de ser apóstolo, de ser cristão atuante, de não esconder os talentos. Vocês tomaram uma atitude muito louvável e que me consola de tantas decepções que tenho tido.
Gostaria muito que procurassem estar sempre procurando crescer espiritualmente, sabendo que para dar temos que receber. Os encontros de aprofundamento que teremos neste ano, para o Grupo Prodes, têm como tema: "Ser Cristão para Ser Apóstolo". Poderíamos pensar em um encontro destes para o PRODES da sua geração. Fica aí a idéia. Da minha parte estou disposto.
Agradeço muito o seu trabalho e estarei com vocês no que precisarem. Um grande abraço para todos.
Pe. Osvaldo